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ACADÊMICOS

EFETIVOS E PERPÉTUOS

ACADÊMICO

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CLÉSIO

DA GAMA MUNIZ

Cadeira nº 15

Quis o destino que exatamente no dia 08 de maio de 1945, viesse ao mundo, Clésio da Gama Muniz, no dia do término da segunda grande guerra mundial, conhecido até hoje como o Dia da Vitória, em uma casa situada na Rua José Euzébio, ao lado da Praça São Benedito, padroeiro da cidade de Pedreiras/MA, defronte da casa do famoso João do Vale.

 

A senhora Luzia Gama Muniz, imediatamente às dores do parto, estava prestes a ofertar ao mundo Clésio, quando a explosão dos foguetes e fogos de artifício comemorativos do fim da segunda grande guerra mundial na cidade de Pedreiras – a Princesa do Mearim, foi a senha para convocar a parteira e a assistência do velho e querido médico pedreirense Melico Rêgo, haja vista, a chegada surpreendente do quinto rebento de uma ordem de dez filhos, cujo patriarca da família era o senhor José Mariano Muniz, farmacêutico e enfermeiro que relatou-lhe oportunamente que as pessoas tomaram conhecimento dessa auspiciosa notícia, através de um receptor de rádio “Philips Estrela” energizado a gigantes baterias, equipado com grandes válvulas de vidro temperado refrigerado a água.

Os genitores, primos legítimos, eram oriundos da mesma cidade. Baixadeiros, nasceram na mesma casa, da localidade de Barro Vermelho, Distrito de Penalva, atualmente Cajari, as margens do Rio Maracu, nos anos de 1905 e 1913 respectivamente.

Desde tenra idade já tomara conhecimento dos grandes embates políticos que dominavam as notícias de época, tal como a greve de 1951, que deixara marcas profundas nas lembranças, em face da crueldade com que foram tratadas as pessoas.

No ano seguinte, toda a família mudou-se para o município de Monção, onde iniciou seus estudos regulares nas Escolas Reunidas Getúlio Vargas, mais tarde Grupo Escolar Getúlio Vargas, onde concluiu o ensino primário.

Por insistência aos seus genitores, concordaram em encaminhá-lo para a capital para dar continuidade aos estudos. Que no ano de 1958 veio a residir na casa de uma tia chamada Zenaide, conhecida por Tia Zica, localizado na Travessa Tabajara no bairro Matadouro (atual Liberdade), em frente de uma quinta onde hoje está localizado o Colégio Estado do Pará. Já em São Luís realizou exame de admissão ao ginásio para o Colégio Ateneu Teixeira Mendes de propriedade do Professor Solano Rodrigues, cuja concorrência privilegiava apenas os melhores preparados. Alcançando classificação, recebeu uma bolsa de estudos oriunda do Ministério da Educação e ali cursou os cursos ginasial e científico, chegando a presidência do Grêmio Cultural e Recreativo Machado de Assis.

Em função das dificuldades financeiras que sua tia passou a enfrentar, teve que mudar-se, passando a residir em pensionatos em cujo período residiu na União Maranhense dos Estudantes Secundários (UMES), cujo presidente era o saudoso Luiz Alves Coêlho Rocha (vereador, deputado e mais tarde governador do Maranhão) e Juventus (pensionato dirigido pelo padre Magalhães) o qual abrigava estudantes oriundos do interior. Transitando diariamente entre este e o Colégio Ateneu já no ano de 1964 dá os primeiros passos à sua grande paixão profissional quando foi pedir emprego nos Diários Associados (Rádio, Jornal e Televisão do Assis Chateuabriand), mantendo os primeiros contatos com os senhores Camelo e Ferreira Baty, onde conseguiu uma oportunidade para vendedor do jornal O Imparcial, para logo em seguida, passar a ser distribuidor dos “repartes” (responsável em entregar as quantidades de jornais aos jornaleiros). Nesse ínterim é descoberto pelo José Pires Sabóia (maior empresário de comunicação da época), proprietário do Jornal O Imparcial e da Rádio Gurupi, filiada da Ceará Rádio Clube, que o promoveu para o setor de redação, onde iniciou como “foca” - catador de notícias. Coletava nos Distritos Policiais, 1º Centro da cidade, 2º no bairro João Paulo e 3º no bairro do Anil. Posteriormente em face de sua desenvoltura passou assinar suas produções.

Suas afinidades e ligações com o sistema policial, originam-se ainda como policial estudantil da antiga PEMAR, Departamento da UMES (responsável pela proteção aos estudantes no que tange aos seus direitos à meia passagem, meia entrada em locais de diversões públicas, mas, também às suas obrigações cívicas, fiscalizando estudantes que gazeavam aulas e que se conduziam de forma inadequada), tendo a época, como diretor Enoque Vieira (mais tarde parlamentar federal).

Na época, em razão de sua impostação de voz e dicção, foi convidado pelo diretor geral da Rádio Gurupi, Evandro Sarney, para em sua companhia apresentar o Grande Jornal Falado Gurupi. Posteriormente desempenhou outras funções nas emissoras de rádio Educadora, Timbira, Ribamar e Difusora. Foi um dos primeiros apresentadores da TV Difusora, Canal 4 da família Bacelar, ao lado de Fernando Sousa, Fernando Cutrim, Bernardo Coêlho de Almeida, Rayol Filho e tantos outros.

Em 05 de dezembro de 1970, contrai núpcias com a senhora Margareth Maria Bastos Ewerton, o qual durou até 05 de dezembro de 1986 e de cuja relação nasceram os filhos Marco Antônio Ewerton Muniz e Fábio Henrique Ewerton Muniz.

Ainda em Monção, seu pai, em função de sua performance e como uma das pessoas de grande influência naquele município e região, dotado de notável saber; conhecimentos gerais e exímio datilógrafo, foi provisionado na profissão de advogado com a interveniência do então Desembargador Sarney de Araújo Costa. Aí reside a fonte de inspiração para que o então jornalista e radialista ingressasse na Faculdade de Direito de São Luís, onde foi o integrante da última que colou grau no ano de 1972 no prédio em frente ao Teatro Arthur Azevedo.

Já como advogado continuou suas atividades na imprensa, onde na Rádio Timbira ao lado do saudoso Jámenes Calado apresentava o programa “Um advogado às suas ordens”.

Em 1975 por um curto período na administração do então governador do Maranhão, Nunes Freire, desempenhou as funções de assessor jurídico e de comunicação da Secretaria de Agricultura do Maranhão (SAGRIMA), onde assessorando o Secretário Domingos Ewerton Martins, autorizou a ocupação dos gerais de Balsas pelos gaúchos que passaram a plantar soja em território maranhense.

Em 1975 foi designado pelo governador para o cargo de Delegado de Polícia, cujo Secretário de Segurança Pública era o Cel do Exército Brasileiro Carlos Alberto Salim Duailibe, onde desempenhou os cargos nas delegacias especiais de Costumes e Diversões Públicas, POLINTER e Superintende da Permanência.

Com a interveniência de Raimundo Ferreira Marques, hoje nosso Confrade, Diretor de Segurança da Secretaria de Segurança Pública, juntamente com o Cel Duailibe, submeteram à avaliação do governador, a criação do ICRIM no mesmo prédio onde já funcionava o Instituto Médico Legal (IML) nas dependências da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), foi designado como primeiro diretor do Instituto de Criminalística (ICRIM). Ao final do governo, foi exonerado de suas funções.

João Castelo Ribeiro Gonçalves, ao assumir o governo do Maranhão, nomeou-o diretor da Unidade Setorial de Assistência Jurídica (USAJ) da Secretaria de Transportes e Obras Públicas (SETOP), sob a direção do então jurista Fernando Antônio Guimarães Macieira, na oportunidade, um parecer de Clésio Muniz, referendado pelo grande jurista Ely Lopes Meireles, autorizou a continuidade da Ponte da Camboa, depois chamada Da Inveja, também chamada Nova e finalmente Bandeira Tribuzi, em homenagem ao grande escritor maranhense. Que foi iniciada no governo de Pedro Neiva de Santana, passando pelo governo de Osvaldo da Costa Nunes Freire.

Em 1983 foi nomeado procurador regional da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) no Maranhão, junto a Delegacia neste Estado.

Em março de 1987 após ser aprovado em concurso público do Ministério foi nomeado Promotor de Justiça, passando a oficiar pela 2ª Vara Criminal em Imperatriz, posteriormente passando pelas cidades de Humberto de Campos, Esperantinópolis, Barra do Corda, Imperatriz, Bacabal, Codó, quando retornou para esta capital, na entrância final.

Após a promulgação da atual Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, com as novas atribuições do Ministério Público, quando titulava a Promotoria da Comarca de Humberto de Campos, promoveu com os estudantes um grande ato público comemorativo até hoje lembrado por aqueles jovens, hoje quase todos formados.

Inicia um relacionamento com a senhora Sônia Rosita Costa Muniz com quem teve Rafaela Costa Muniz, nascida em 10 de abril de 1993 e contraindo núpcias no dia 01 de novembro de 1994.

Aposentou-se do serviço público em 1994.

No exercício da advocacia forense iniciado desde 1969, sua primeira inscrição junto a OAB-MA foi 864, cancelada após ingresso no Ministério Público estadual. Retornando suas atividades advocatícias, hoje seu número de inscrição na OAB é 4.531.

Na administração do Governador Jackson Kleper Lago, voltou a trabalhar no Sistema de Segurança estadual, a partir de janeiro de 2007 quando exerceu as atividades de chefe do gabinete da SESP até a interrupção da administração estadual em 16 de abril de 2009 quando retornou para a advocacia forense.

É Acadêmico fundador Efetivo e Perpétuo da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM), titular da cadeira nº 15 que tem como patrono José de Ribamar Viana – PAPETE.

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