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O FUTURO DA EUROPA | José Olímpio


O FUTURO DA EUROPA     11.06.01

José Olímpio – Drt n.11


Surge o primeiro grande fenômeno cultural e sociológico decorrente do processo de unificação da Europa, ou seja, da europeização. Ou será da globalização?


Acabo de participar de um congresso em Portugal cuja temática abordou sobre A Juventude e a Defesa Nacional. Primeiramente devo esclarecer que defesa nacional não é só uma questão de forças armadas, mas, sobretudo de patriotismo, de sentimento nacionalista. A grande preocupação é com a perda da identidade nacional. “Não temos mais ideais”, assim estava pichado numa solitária parede. Essa frase reflete a falta de interesse cívico pelo destino de cada país.


Os jovens não estão interessados em discutir os interesses nacionais, muito menos avaliar o desempenho do governo. A nacionalidade está se diluindo. Os símbolos nacionais estão desaparecendo. Agora, a Bandeira é uma só para todos os países. É aquela toda azul com as estrelas em forma de círculo simbolizando a União Européia. A moeda é única, o euro, o que faz perder a identidade quer seja dos ingleses ou dos portugueses. O Banco Central é um só para todos os países.


 Um único “gouvernement”. Muda com o rodízio. Cada país tem a sua vez de dirigir a comunidade européia. As forças armadas serão uma só. Assim sendo, Portugal não tem mais com que se preocupar com a Espanha. O serviço militar não é mais obrigatória, depende de voluntários. Entre estes podem se infiltrar bandidos, vagabundos e até terroristas. A qualidade do ensino está inferior em relação a outras épocas.


A falta de autoridade educacional está dando lugar a um permissivismo maléfico. Ou seja, do jeito que está não terão nem cidadãos conscientes, nem profissionais qualificados, que acompanhem a evolução científica e tecnológica para que possam trabalhar cada vez mais pelo progresso e bem estar  da sociedade.


Defesa nacional não se faz só com armas e soldados. Depende fundamentalmente de sucessivas gerações que tenham sempre Deus no coração, que tenham amor à pátria, que tenham educação e instrução para se dedicarem ao trabalho.


Se acham que a globalização é um mal, o que não dizer da europeização e da americanização que se processará no laboratório da Alca? Tudo isso é irreversível. A geopolítica explica. A Ásia e a África  são a bola da vez.




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